Ser uma pessoa com deficiência ou ser cuidador de alguém que possui necessidades especiais, não significa, obrigatoriamente, estar mais vulnerável ao coronavírus. Porém, alguns medicamentos ou questões fisiológicas, como problemas respiratórios e ou falta de capacidade para se comunicar, exigem mais atenção de quem cuida. Tanto no quesito de higiene, quanto na observação de sintomas que podem indicar mudanças no quadro geral de saúde.
Pensando nisso, nós da Mundo Adaptado, separamos alguns cuidados básicos e medidas que devem ser seguidas para evitar que o covid-19 se aproxime de quem mais amamos. Vamos lá:
- Pessoas com deficiência com quadro neurológico podem apresentar sintomas específicos associados à infecção pelo coronavírus, tais como: piora brusca no quadro geral de saúde, perda de memória e/ou confusão mental, perda de mobilidade e força, fadiga repentina. Nestes casos, procure um serviço de saúde o mais rápido possível;
- Não interrompa o uso regular dos remédios a não ser por ordem médica. É importante seguir o tratamento e em caso de intercorrências procure ajude médica;
- Medicamentos que deprimem o sistema imunológico podem elevar o risco da pessoa com deficiência contrair qualquer infecção. Por isso, na casa destes indivíduos, as medidas de higiene e prevenção devem ser redobradas;
- Higienize frequente as mãos com água e sabonete (pelo menos durante 30 segundos) ou utilize álcool gel a 70%;
- Seguir a “etiqueta respiratória” quando espirar ou tossir. De preferência use lenço descartável ou papel higiênico para tapar a boca e nariz. Jogue fora imediatamento após o uso e lave as mãos com água e sabão;
- Caso não tenha disponível lenço descartável, tossir ou espirrar no antebraço e não em suas mãos, que são importantes veículos de contaminação;
- Evitar tocar nos olhos, nariz e boca sem ter higienizado as mãos;
- Se alguém na casa apresentar coriza ou tosse, ela deve ficar isolada em um cômodo para evitar a transmissão para outras pessoas. Principalmente, para o familiar com deficiência ou idosos;
- Use máscara cirúrgica se estiver com coriza ou tosse ou se precisar sair de casa. A OMS já disse que as máscaras de pano também servem como proteção desde que higienizadas de maneira correta;
- Restrinja o contato social (exceto cuidadores e profissionais de saúde, quando necessário). Desmarque visitas, viagens e passeios. A orientação do Ministério da Saúde é ficar em casa;
- Se precisar ir a mercado ou farmácia deixe a pessoa com deficiência em casa com outro responsável. Ela só deve sair da residência se realmente necessário. Isso minimiza o risco dela e de você se infectarem com o vírus;
- Ao voltarem para casa, tomem banho, coloquem as roupas para lavar e higienize sapatos e as rodas da cadeira de rodas;
- Com relação à higienização de cadeiras de rodas, bengalas, andadores e outros meios de locomoção, use água e sabão ou álcool líquido a 70%. O ideal é limpá-los pelo menos uma vez ao dia e SEMPRE após deslocamento externo;
Cuidadores e profissionais de saúde
Se algum dos profissionais que trabalham na sua casa ou atendem seu parente apresentar sintomas de gripe, peça educadamente para que volte quando estiver recuperado. Afinal, não é apenas o coronavírus que pode complicar o quadro de saúde de quem tem deficiência, mas outros vírus e bactérias também podem causar pneumonias, viroses, dentre outros.
Peça para os cuidadores e terapeutas utilizarem EPI's (equipamento de proteção individual) como forma de segurança para pacientes e também deles próprios.
E por fim: fique em casa o máximo que puder! Juntos somos mais fortes e vamos passar por essa pandemia.
Fontes: Secretaria de Estado da Saúde | Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência.
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