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"Não vamos compreender todos os porquês de uma pandemia que coloca as pessoas que amamos em risco"

"Não vamos compreender todos os porquês de uma pandemia que coloca as pessoas que amamos em risco"
Teresa Ruas
mar. 24 - 3 min de leitura
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Olá, pessoal.

Na semana passada foi publicada mais um texto meu na coluna Vida de Prematuro, da revista Crescer, na qual colaboro com alguns textos sobre a minha experiência como mãe de prematuros e terapeuta ocupacional. Diante dessa pandemia o tema não poderia ser outro que não o covid-19, o medo e o isolamento social. Convido vocês a lerem o texto e também a conhecerem a coluna. 

Abaixo vou deixar alguns trechos e ao final o link direto para o texto. Até mais!

"Desde que minha filha, nascida de 23 semanas e 1 dia, foi liberada para conhecer o mundo, após adquirir a maturidade medular, mais imunidade para se proteger contar os famosos vírus respiratórios e melhor condição cardio-respiratória, aos 3 anos de idade, imaginava que nunca mais iria sentir essa angústia e medo que o isolamento social traz para pais de bebês de alto risco, diante das particularidades sociais que toda família de prematuro enfrenta no período de internação e pós alta hospitalar.

Nós, pais de prematuros, temos medo e muito medo de qualquer vírus, bactéria, fungo... esses germes podem matar os nossos filhos, diante das especificidades clínicas que a prematuridade impõe ao crescimento e desenvolvimento de todo prematuro, tanto a curto como a longo prazo.

E estamos vivenciando dias em que um vírus pode nos colocar em perigo e risco. Afirmo que chorei nos últimos dias... A sensação que tomou conta do meu coração foi a mesma de quando saí com os meus dois prematuros da UTI Neonatal, pronta para a guerra contra e todo e qualquer germe, com o objetivo maior de proteger a saúde dos meus bebês.

No meio do meu choro cheio de angústia, afinal tenho uma filha com broncodisplasia e um filho com características asmáticas – grupo de risco para o Covid-19 - veio à minha mente, o primeiro texto que escrevi em janeiro de 2013, quando Maitê Maria completava o seu primeiro mês em uma UTI Neonatal. Nesse texto eu tentava entender e dialogar o ¨para quê¨ dos acontecimentos em nossas vidas e não a compreensão do ¨por quê¨dos mesmos.

(...)

Os bebês de alto risco nos ensinam todos os dias que o mais importante é termos uma existência, permeada por afeto, carinho, respeito, fé, esperança, força e superação. Os prematuros nos ensinam todos os dias que a ciência ganha força quando o afeto e a humanização são colocados em prática em nossas UTIs Neonatais.

Os nossos guerreiros nos ensinam a cada instante, que o impossível para a ciência, pode ser possível para um Deus, para uma força bem maior. Os nossos bebês nos ensinam que a simplicidade da vida pode ser superior a tudo. Eles nos ensinam o valor de um toque, de um olhar, de um sorriso, de um gesto de amor e de acolhimento. Parece que a vivência em uma UTI Neonatal diante do extremo sofrimento de nós pais, nos faz refletir sobre o "para quê", verdadeiramente, fomos criados como uma espécie humana"

Link para o texto completo: https://glo.bo/33H4Dpm


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