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Podcast Papai Atípico: Pedro e a adoção

Podcast Papai Atípico: Pedro e a adoção
Guilherme Bucco
mai. 25 - 2 min de leitura
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Pedro é um desses homens que irradiam paternidade. Qualquer menção ao Francisco, seu filho, é seguida de um sorriso e um brilho no olhar que faz você procurar uma câmera, para então fotografá-lo e registrar para a eternidade. E isso chama atenção por um detalhe que nem deveria ser detalhe, e tampouco uma questão a ser levada em consideração: Francisco é adotado.

Trago essa história por ser justamente essa a característica em sua paternidade. Admitamos ou não, carregamos conosco uma necessidade de gerar filhos, de ter como família o laço sanguíneo, onde o amor é mais que um direito. É um dever.

Devemos amar aqueles com quem dividimos parte do nosso DNA, principalmente os que recebem metade dele. Assim, esse carinho de um pai biológico é naturalmente esperado. Idealiza-se a ligação entre progenitor e filho no momento do nascimento, no primeiro colo, na primeira troca de olhares. No primeiro sorriso, nos trejeitos aprendidos, no compartilhar a comida favorita. E quando para alguns de nós esses momentos não existem? Como permitir o amor florescer em meio às não-realizações?

A conversa com Pedro não serviu para responder essas perguntas. Afinal, sua paternidade passou por uma frustração diferente. As questões tratadas com ele vão além da criação de uma árvore genealógica. Estão mais ligadas a zelar, a se colocar à disposição de outra pessoa sem esperar nada em troca.

Pedro opta por ser pai, pois acima de qualquer desejo biológico, seu propósito é passar adiante o afeto. Seu legado não é sobre genes. É sobre acolher, é sobre amar.


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