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A descontinuação do Asperger para TEA e suas variações com Altas Habilidades/Superdotação,  Alto Funcionamento

A descontinuação do Asperger para TEA e suas variações com Altas Habilidades/Superdotação,  Alto Funcionamento
Jacson Marçal
fev. 18 - 6 min de leitura
020

A descontinuação do Asperger para TEA e suas variações com Altas Habilidades/Superdotação,  Alto Funcionamento etc.

Eu gostaria de comentar um pouco sobre a síndrome de Asperger é a sugestão para alteração na nomenclatura que vem ocorrendo naturalmente, dentro de alguns indícios deixarei três grandes observações e alguns pontos para análise dentro da justificativa para a alteração da nomenclatura Asperger e suas ramificações.

Primeira observação:

O Dr. Hans Asperger, intelecto austríaco que contribuiu para o estudo trabalhando com crianças das mais diversas categorias, teve sua história aberta em 2018, pelo livro Asperger’s Children: The Origins of Autism in Nazi Vienna (Crianças de Asperger: As Origens do Autismo na Viena Nazista”, em tradução livre.) ou seja, relatos e registros mostram que dentro do seu estudo Dr. Hans Asperger foi responsável pela seleção de uma quantidade significativa de crianças para o envio a estudos forçados em uma instituição denominada ‘Am Spiegelgrund’ em Viena, onde após as experiências efetuadas os médicos assassinaram essas crianças, as crianças eram levadas para quartos separados onde utilizavam fármacos para induzir a pneumonia que ocasionava a morte.

Dentro deste contexto revelado em 2018 pela Spectrum ORG. muitos profissionais da área de psiquiátrica e psicológica optaram por não mais utilizarem o termo Asperger pela ligação direta de seu pesquisador em paralelo a outras normas que viriam a ser aderidas para o termo Asperger.

Algumas pessoas justificam que o Dr. teria sido forçado, porém conforme estudo apresentado pelo livro informado ele teve opções de não participar ou cancelar o estudo que foi encabeçado por ele em um conselho, em contrapartida temos o Janusz Korczak que ficou do lado de Autistas e deficientes lutando até o último momento além de confortar todos, morrendo junto com eles.

Segunda observação:

O CID como conhecemos está em constante evolução e adequação para simplificar o estudo e singularidades de suas patologias, o DSM 5 (na sigla em inglês para: Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders) passou por novas reformulações, que reuni todos os transtornos do espectro autista em um só diagnostico TEA dentro dessa classificação tínhamos o CID 10 que passou por uma nova reestruturação e releitura, apresentado em maio de 2019, na assembleia mundial de saúde. A nova classificação da CID aprovada pelo conselho se deu pelas classificações da nova CID 11 é suas sequencias, 6A02 – Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) além de suas outras variações incluindo as ramificações da 6A02.Z – Transtorno do Espectro do Autismo, não especificado.

Com essa nova abordagem vários profissionais de psiquiatria e psicologia já estão amenizando a utilização do CID para classificação do Asperger, temporariamente com o Autismo Atípico, que deverá ser substituído pela CID 11 - 6A02 ou 6A02.Z após o primeiro dia de janeiro de 2022. Dentro dessa redução poderá ser mais amplo a abordagem é o entendimento de suas particularidades.

Terceira observação:

Conforme observamos o TEA tem suas particularidades dentro de cada indivíduo, que podem ser observadas em fatores e níveis diferentes, como já foi observado em pesquisa pela universidade de YALE existem dentro de cada espectro mais de 200 variações é suas ramificações, com isso seria muito complexo enquadrar um quadro específico para cada patologia, sendo assim a necessidade e particularidade de cada Autista tende a ter seus pontos avaliados individualmente, caso a caso.

No Brasil os estudos relacionados ao autismo engatinham a passos lentos, dentro desse quadro vários profissionais tendem a ter certas dificuldades para abordagem primaria desses indivíduos, dificultado o tratamento e suas avaliações dentro de suas particularidades, com a migração do termo TEA individualizado com suas excepcionalidades a nova classificação unificada dará maior abertura para o estudo individual de cada caso, descartando a classificação única do Asperger que ocorre hoje em dia.

Podemos observar que o TEA dentro de suas particularidades pode ter suas excepcionalidades agrupadas para fatores que denotam uma boa capacidade intelectual em alguns aspectos e ao mesmo tempo falhas abertas para controle ou correções que são taxativas pelo seu quadro dentro de seu espectro. Observando cada caso podemos concluir que o TEA dente a ter fatores que corroboram para sua capacidade significativa de entendimento e falhas, os profissionais adequados para o ensino como psicopedagogos, podem maximizar suas potencialidades e minimizar suas singularidades que lhe afetam no seu dia a dia. 

Acredito ser errôneo e taxativo buscar quadros de demência, esquizofrenia, transtorno de personalidade etc., Dentro desses fatores que interligam o TEA, apenas para enquadrar o indivíduo, por si só as observações já podem ser quantitativas para sua classificação. Ocorre que quando ficamos presos aos tipos de variantes do autismo, sem observar os pontos negativos e positivos para trabalharmos sua melhora de nada é valido tal pesquisa e estudo do caso.

Com essas observações e abordagens, gostaria de convidar todos os profissionais, pais, autistas e amigos a refletirem o quão importante é a taxação e seu enquadramento do TEA, dentro dessa análise acredito que já temos uma vasta classificação para os rótulos que são extraídos desse quadro, reforçando o interesse em tratar o indivíduo dentro de suas particularidades, acredito que o profissional de psicopedagogia desenvolvem o melhor papel no momento para com esses pacientes que são diagnosticados pelo TEA, enquanto alguns profissionais (EU DISSE ALGUNS) de psicologia e psiquiatria ficam travados em suas excepcionalidades.

Autista Jacson Marçal @jacsonfier nas redes sociais (Publicação minha de 2019).

Referencias:

Crianças de Asperger: as origens do autismo na Viena nazista, Sheffer, Edith ( 2019 p.42, 46,58.)
Acessado 25/10/2019 ás 12:20. (https://icd.who.int/en)
Acessado 25/10/2019 ás 13:40. (https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5702:oms-divulga-nova-classificacao-internacional-de-doencas-cid-11&Itemid=875)
Acessado 25/10/2019 ás 15:30. (https://www.spectrumnews.org/?s=aspie+nazism)
Acessado 25/10/2019 ás 18:10. (https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5702:oms-divulga-nova-classificacao-internacional-de-doencas-cid-11&Itemid=875)
Acessado 25/10/2019 ás 17:15. (https://journals.plos.org/plosgenetics/article?id=10.1371/journal.pgen.1006618)


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