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Meu filho é surdo, e agora? Inclusão educacional

Meu filho é surdo, e agora? Inclusão educacional
Fernando Toledo Cardoso
mar. 30 - 5 min de leitura
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Utilizando-se de estratégias em sala de aula para quando recebermos os alunos com alguma deficiência, devemos ser estimulados a rever nossas práticas e a buscar outras formas de ensinar, podemos citar algumas alternativas que podem ser úteis ao professor.

Tendo como base a garantia por lei de que todos tenham direito à educação, refletiremos sobre a educação inclusiva que vem sendo discutida algum tempo, e que nos remete a uma reflexão sobre a inclusão de alunos surdos no sistema integral de ensino. É um tema que chama a atenção de muitos e provoca discussões no que diz respeito a sua prática, sendo alvo de pesquisas de vários autores que consideram a inclusão enquanto educação importante. Para esse tópico no blog Mundo Adaptado é papel da escola, buscar uma educação que tenha sentido para todos os alunos e que esse sentido seja partilhado com os alunos com surdez, que todos esses alunos tenham o acesso ao ensino-aprendizagem e a permanência na escola, de maneira que sejam levadas em consideração as diferenças e as potencialidades de cada um.

Hoje irei destacar sobre o alunos surdos na rede pública de São Paulo, e qual o papel da família e sistema educacional nas etapas de ensino desse aluno, mostrando as dificuldades e as melhoras que o sistema educacional necessitam.

Em se tratando do aluno surdo é importante considerar tanto a sua especificidade linguística como também cultural. Uma política inclusiva garante que a preocupação e o compromisso com a inclusão estejam presentes em todos os aspectos do planejamento escolar, seja no âmbito da gestão, do ensino na sala de aula, das reuniões, das atividades extracurriculares, da divisão de tarefas, etc.

O princípio da inclusão deve nortear as ações da escola no sentido de estimular, promover e garantir a participação de todos os envolvidos (sua representação) nos processos de tomada de decisão. No âmbito da sala de aula, o princípio da inclusão favorece a participação de todos os alunos nas atividades em classe.

A educação de surdos é um tema que gera ainda muitas discussões, pelo fato que faz uso de uma língua diferente da comunidade das pessoas ouvintes. Ao se tratar da inclusão de surdos deve se levar em consideração antes da comunicação no âmbito escolar o meio de comunicação usado pela família e, como a criança se comunica em casa, pois de acordo com Marchesi (2004):

Aquilo que ocorre no âmbito familiar de qualquer aluno tem uma grande importância em seu desenvolvimento e em sua aprendizagem. As relações que existem na família, o clima social e emocional, o acompanhamento dos progressos da criança e as expectativas em relação a ela são fatores de grande influência na evolução de todas as crianças. No caso das crianças surdas, além daqueles, há um aspecto do ambiente familiar que tem uma relevância particular: o tipo de comunicação que se utiliza em casa (MARCHESI, 2004, p.185).

 

Mantoan (2006) afirma que é necessário recuperar, urgentemente, a confiança dos professores em saberem lidar e desenvolver o processo de ensino – aprendizagem com todos os alunos, sem exceções. Para isso, é oportuno possibilitar aos docentes a participação ativa e consciente de todos os alunos no processo de ensino-aprendizagem. Esses cursos devem atender as necessidades de preparo que os professores têm para desenvolver práticas docentes realmente inclusivas. Nas palavras de Carvalho, 2004, p. 77:

A Letra das leis, os textos teóricos e os discursos que proferimos asseguram os direitos, mas o que os garante são as efetivas ações, na medida em que se concretizam os dispositivos legais e todas as deliberações contidas nos textos de políticas públicas. Para tanto, mais que prever há que prover recursos de toda a ordem, permitindo que os direitos humanos sejam respeitados, de fato. Inúmeras são as providências políticas, administrativas e financeiras a serem tomadas, para que as escolas, sem discriminações de qualquer natureza, acolham a todas as crianças, independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras ( CARVALHO, 2004, p.77).

 

Dado o exposto, concluo aqui no Blog Mundo Adaptado que percebo que a inclusão do aluno surdo na escola pública, está acontecendo de forma parcial, mas que houve avanços nas práticas aplicadas pelos professores que possuem alunos surdos em suas classes. Os professores realizam o trabalho, e os próprios mencionaram, necessitam e precisam de formações na área da surdez, formações essas que sejam contínuas, pois em suas graduações iniciais não foram contempladas a disciplina de educação especial, ou educação inclusiva.

A inclusão está caminhando em passos lentos, mas podemos dizer que é um bom começo, tendo em vista que.em diversas dificuldades encontradas, a referida escola está sempre aberta para receber esses alunos, mesmo não dispondo de um quadro de profissionais como recomendam as diretrizes nacionais para educação especial na educação básica.

Abaixo um pouco mais do nosso trabalho abordando a Educação Inclusiva.

Professor Fernando Toledo Cardoso.

 


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