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"Paciência"... a palavra da vez!

"Paciência"... a palavra da vez!
Angélica Sevegnani
jun. 21 - 4 min de leitura
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Oiê!

Olá, meu nome é Angélica, mamãe do Ítalo de 11 anos e dos gêmeos Arthur e Júlio de 3 anos e 6 meses. Esposa do Ed e fotógrafa apaixonada!!!

Nossa história começa em 06/01/2014…quando quase todos ainda estão ressacando a chegada do Ano Novo, as férias coletivas estão quase no fim, mas eu estava trabalhando com 26 semanas de gestação gemelar (eu não quis as férias pq queria deixar para curtir os gêmeos um pouco mais quando eles viessem ao mundo.. rsrsr).. pois bem! Eu estava com uma cólica chatinha, coisa de mulher grávida que aparenta estar ajeitando os ossos da bacia para os bebês sabe?! Afinal, eram gêmeos!!! Doía quase todos os movimentos que eles faziam!!!

Passei o dia trabalhando e fui pra casa mega cansada e incomodada… tomei um bom banho e relaxei! Passei uma noite bem conturbada, e amanheci com a mesma dorzinha, mas desta vez um pouco mais intensa… vamos ligar para o médico né?!…. mas era cedo demais para ligar no consultório que só abriria às 9h, então marido e eu ficamos na espera mais um pouquinho!

De repente uma das cólicas ultrapassou os limites da normalidade e então decidimos buscar auxilio médico no pronto-socorro mesmo, pois não era mais tão normal assim! Meu marido preferiu que fôssemos para o Hospital Santa Catarina, pois sabia que lá tinha um centro obstétrico bem conceituado e ele achou melhor do que em algum pronto-socorro que só teria um gineco plantonista… então lá fomos nós!

Chegamos ao hospital e eu não conseguia descer do carro de tanta dor… a coisa foi ficando bem séria e eu não conseguia mais pensar em nada a não ser nos bebês e o que estaria acontecendo com eles!

Mal entrei no pronto-atendimento e o Dr Farah me recepcionou com calma e pediu para me examinar… foi quando constatou que eu estava com 7 dedos de dilatação e o Arthur já estava coroando, não dava mais para esperar!

O desespero tomou conta de mim e eu só pensava que tinha perdido meus filhos…. (choro ainda só de pensar e relembrar a sensação…. uma experiência muito dolorosa e marcante na minha alma); ficava pensando no que eu havia feito de errado para desencadear um trabalho de parto tão prematuro, inadmissível na minha cabeça algum bebê sobreviver fora do ventre com apenas 26 semanas!!! Não conseguia conceber algo assim….

Dia 07/01/2014.. às 10h o Arthur estava fora da barriga… não ouvi o choro, só ouvia meu marido dizendo o quanto ele era pequenino, que mal cabia nas mãos do médico… novamente tentei me concentrar para ouvir o choro…. nada! … momento de desespero…. chorei copiosamente… veio então o anestesista insistindo sem sucesso que eu me acalmasse, que estava tudo bem, mas a anestesia me deixava impotente de sair dali e ver meu filho…. 4 minutos depois veio o Júlio, vi lágrimas nos olhos do Ed, escutei o choro baixinho… longe… então meu marido olhou pra mim e me beijou… disse que eles eram muito pitiquinhos mas que tudo ía ficar bem, decidi acreditar nele e me acalmei, pois eu sei que ele jamais mentiria pra mim….

Alguns minutos depois vi passar por mim duas incubadoras, cheias de aparelhos e um monte de lençóis, mal conseguia saber o que tinha dentro!… a minha goleira-anjo (a pediatra Dra Maria Cristina) abriu uma delas e pude ver meu Arthur pitiquinho, olhões arregalados olhando pra mim, cheio de fios e tubos… chorei de novo e ela olhou pra mim e disse que eles eram dois reis fortes que sabiam seu destino… que eu só precisava ser uma mãe paciente!!!

Mal sabia que “paciência” ía ser meu exercício diário para todo o sempre…


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